À conversa com os Cassete Pirata com o objectivo de ver esta "Semente" florir...

 
À conversa com os Cassete Pirata com o objectivo de ver esta "Semente" florir...


“A Semente” já rompeu e já dá flores?

O disco saiu e os concertos de lançamento foram realmente surpreendentes para nós. O confinamento trouxe o natural afastamento do palco e o regresso foi muito caloroso, muito emocional. Quanto à “semente”, no sentido conceptual do álbum, essa acho que ainda vai demorar a romper e a dar flores.


Meia dúzia de palavras para o interior dest’ A Semente…

 É um disco mais crítico, embora tente não ser moralista, e que tenta também  trazer alguma esperança e vontade de juntar forças para os desafios da nossa geração. Musicalmente traz algumas novidades estéticas ao universo de cassete, embora a receita geral seja a mesma que nos tem caracterizado até agora.


Passado mês de outubro intenso de apresentações… Correram como esperado?

Superaram largamente o esperado. Ficámos muito felizes com a quantidade de caras novas que apareceram nos concertos, a saber as letras e a cantar connosco, inclusive das músicas novas do novo disco que tinha saído há tão pouco tempo.

O confinamento tirou-nos essa possibilidade de pesar quantas mais novas pessoas descobriram a banda no entretanto, e foi mesmo muito especial ver e sentir esse entusiasmo da malta que nos foi ver pela primeira vez, ao mesmo que tempo que sentimos cada vez maior cumplicidade com quem nos segue há mais tempo, desde o inicio, e que ao ver o crescimento da banda, sente o projecto também um bocadinho seu.


Com a palavra Positivo atualmente mal vista no dicionário, como foi para a banda atravessar todo ele mar de incertezas no ultimo ano?

 A nível pessoal, e como para quase todas as pessoas, foi desafiante. Talvez a banda, se for frio e analitico, até tenha passado com bastante o desafio. Foi complicado não termos tido a recompensa da tour do disco “A montra”, e durante algum tempo achei que isso iria ser uma ferida que iria custar a sarar. Mas a verdade é que mesmo confinados conseguimos sempre estar entretidos, ora com concertos pontuais nos intervalos em que a “coisa” ia abrindo, ou nos processos de preparar e gravar o disco novo. Obviamente isto ainda não passou e a incerteza mantém-se e paira agora sobre 2022. É tentar manter algum positivismo e acreditar que no próximo ano (2022) vai dar para tocar este novo trabalho e celebrá-lo com quem gosta de nós.


Agora há motivos de festa? 

Estamos felizes com o disco que fizemos, queremos muito tocá-lo no ano que vem - se as circunstâncias o permiterem acho que vai ser uma fase prazerosa para a banda.


Temos motivos para ter os Cassete Pirata mais fortes que nunca ou vamos caminhando “Só mais uma hora” e depois logo se vê?

Estamos mais fortes que nunca sim, a tocar melhor que nunca, mas estamos neste sítio porque soubemos ir caminhando, pacientemente, fazendo o nosso trabalho. Isto é uma maratona, não um sprint. Gerir isso é o mais dificil. 


Por entre este pantano que vivemos, há saúde na musica nacional? O que recomendam atualmente?

Há muita saúde. Para qualquer lado que olhemos, nos mais variados estilos, há muita qualidade, originalidade. Acho que existe um boom muito interessante a acontecer. Há tanta coisa boa que fica fácil esquecer alguma coisa importante e relevante, mas basta olhar para qualquer lista de melhores do ano e perceber que estamos recheados de diversidade e qualidade.


Quem são os Cassete Pirata, o que já editaram e próximas datas se tudo correr na normalidade desejada…

Os Cassete Pirata são o João Pinheiro na bateria, o António Quintino no baixo e vozes, a Joana Espadinha e a Margarida Campelo nos teclados e nas vozes, e o Pir na composição, letras, guitarra e voz. Editámos o nosso Ep de estreia em 2017, o nosso primeiro longa duração em 2019 - “ A Montra” - e o nosso segundo disco saiu agora em 2021 e chama-se “A semente”. 

Próximas datas que podemos anunciar são estas:

Dia 18 de Janeiro tocamos um live n”A Casinha”  e dia 20 de Janeiro vamos estar a tocar no Impulso no CCC nas Caldas da Rainha. Dia 12 de Fevereiro tocamos no Montijo e a 19 em Mondim de Basto, dia 18 de Março tocamos em Lisboa no MusicBox.


Mensagem final…

Venham ao nosso encontro em 2022, façamos a festa!




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