Samuel Úria: edição especial de Canções do Pós-Guerra
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SAMUEL ÚRIA
Edição especial de "Canções do Pós-Guerra" com 6 gravações inéditas a solo. Já disponível
Espectáculos em Lisboa e Porto em Maio
Há cerca de um ano, Samuel Úria anunciava "Canções do Pós-Guerra", o álbum que havia preparado para o início de 2020. A situação pandémica obrigou-o a adiá-lo para Setembro e assim foi. Meses mais tarde, eis que a pandemia e o consequente confinamento o condicionaram novamente. Desta vez com vantagem nossa, já que Samuel se propôs olhar para o repertório de "Canções do Pós-Guerra", mas não só, em registo solitário. Escuta-se «a melancolia real dos primeiros dias de 2021», uma muito adequada descrição do próprio.
O resultado é uma edição especial do álbum, a que se adicionam 6 gravações inéditas a solo, em que a voz distinta de Samuel e a crueza das guitarras preenchem o silêncio, num esplêndido exercício de intimidade. E sentimo-nos aconchegados pelo estado mais puro de composição das canções de Samuel, antes de passarem a pertencer às vidas de quem as escuta. A sonoplastia de Nelson Carvalho, distinta de canção para canção, para tal contribui.
Este lançamento chegou hoje em exclusivo às plataformas digitais. O EP com os seis temas será editado em formato de cassete áudio, apenas disponível para venda nos concertos num pack "analógico" com o vinil de "Canções do Pós-Guerra".
Segue-se a apresentação ao vivo de características únicas em Lisboa e no Porto: a 3 e 4 no Teatro Maria Matos (Lisboa) e a 6 e 7 no Auditório CCOP (Porto).
«Talvez a lógica pareça retorcida, mas para escapar à solidão do confinamento entreguei-me à solidão do estúdio. Em cada faixa gravada, só uma voz, só um instrumento nas mãos – canções tal como no dia em que nasceram, ou tal como nos tempos em que me povoavam os concertos a solo. Foi sempre nessa fórmula solitária que encontrei o público mais solidário. Agora em cada faixa gravada, só uma voz, só um instrumento nas mãos, só a perspectiva de muitos ouvidos.» - Samuel Úria
Este novo registo inclui versões de "Guerra e Paz", "Fica Aquém" e "A Contenção", algumas canções âncora de “Canções do Pós-Guerra” e que ganham neste formato, uma dimensão ainda mais dramática. A estas, Samuel juntou interpretações inéditas de "Cantiga de Abrigo", um original seu composto para Ana Moura e publicado no álbum "Moura"; "Sinais", a parceria com Hélder Gonçalves para os Clã e publicada no último álbum da banda "Véspera"; e, ainda, uma versão de "Amor Conforme" de Márcia.
Para além da já referida edição digital e em cassete áudio, Samuel Úria surpreende com a publicação de um filme que é uma homenagem aos lugares mais familiares e sempre presentes.
«Tal como nos vídeos das Canções do Pós-Guerra que fiz com a Joana Linda (vagueando pelas ruas da baixa lisboeta), nestas novas imagens das versões a solo (também captadas pela Joana) está patente uma homenagem explícita aos lugares que me ditam canções. Claro que existem sítios mentais, recônditos e intransmissíveis, de onde arranco a escrita, e que me fazem colher os louros de cada música. Mas, em abono da verdade, nada do que produzo existiria sem os espaços físicos que me desamarram a inspiração.
Isolada do mundo, em cima da praia, no meio do pinhal, a casa presente nestas imagens é aquela onde, nos últimos 15 anos, tenho começado o maior número de canções. Um cubículo antiquado e pacato, quase uma cápsula no tempo, que me alberga o reboliço da escrita – talvez nesse contraste esteja o segredo, pois para as minhas pelejas tumultuosas com a inspiração nada como ter um ringue feito pelas paredes mais serenas que conheço.
E como justificar o acervo de canções melancólicas a brotar dumlocus amoenus? A resposta não reside numa alquimia inversa, na transformação de ouro em bílis. A verdade está antes explicitada na lente embaciada da Joana Linda: o mote para a melancolia é daltónico. No verdejante distingue sombras, nos dias soalheiros ilumina-se o fado e o enfado – mescla incolor.
Como no "Bairro do Amor" do Palma, aqui o tempo morre devagar. Se antes a pressurosa baixa de Lisboa me tinha servido de símbolo de desconfinamento, agora é na quietude duma casa que escolho escapar à prisão domiciliária. Lá dentro, a Joana Linda persegue-me na demanda obstinada, mas lenta, de novas rotinas. Parece estranho, porque vivemos tempos estranhos - e esta é uma selecção de canções que lhes serve de memorial.»
- Samuel Úria
«A ideia de percurso iniciada nos vídeos de Canções do Pós-Guerra continua na sua versão a solo mas no sentido inverso. Se da primeira vez saímos do confinamento para as ruas de uma Lisboa ainda deserta, agora voltamos a casa. Mimetizando o que acontece no mundo real, este espaço por onde o Samuel vagueia enche-se de estranheza e repetição tornando-se difícil perceber - no limbo - se temos todo o tempo do mundo ou se o mundo está a ficar sem tempo.»
- Joana Linda
Para palco, Samuel levará o universo musical de "Canções do Pós-Guerra" mas trará também a estas apresentações temas que fazem parte da sua discografia e que nos irá mostrar. A história deste EP faz ainda adivinhar que tomará como suas, pelo menos nestas noites, algumas que foram criadas para outras vozes ou até mesmo, compostas por pares que admira.
Momentos especiais para umtête-à-têtecom o mais talentoso dos cantautores da sua geração. A não perder.
Os bilhetes encontram-se já à venda com o preço único de 15€:
Lisboa / 3 e 4 de Maio / Teatro Maria Matos / 20H -LINK Porto / 6 e 7 de Maio / Auditório CCOP / 20H30 -LINK
"Canções do Pós-Guerra - edição especial" está já disponível em vídeo, streaming e download.
ALINHAMENTO
Volume 1 1. Aos pós 2. Cedo 3. Fica aquém 4. Tempo aprazado 5. O muro 6. Guerra e paz 7. A contenção 8. As traves 9. Menina
Volume 2 1. Guerra e Paz (a solo) -vídeo 2. Fica Aquém (a solo) -vídeo 3. Cantiga de Abrigo (a solo) -vídeo 4. A Contenção (a solo) -vídeo 5. Amor Conforme (a solo) -vídeo 6. Sinais (a solo) -vídeo
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